Cartão postal com vista para a praia da Montagem em por volta de 1928.
O que era conhecido por praia da Montagem era um pedaço de areia entre o setor conhecido por Rampa e o Canto do Mangue.
Na Montagem, local também conhecido por "canteiro de obras do porto",
foi onde se instalou, no final da década de 1920, as oficinas de
Fiscalização do Porto.
Era ai,
nessas oficinas, que eram construidas, entre outras embarcações, um tipo
muito utilizadas nas proximidades dos portos marítimos. Eram essas
utilizadas para transporte de cargas não muito grandes e em águas rasas.
Segundo Cascudo, foi a montagem dessas grandes alvarengas de ferro que
deram o nome ao local. O lugar ficou então sendo um espécie de
estaleiro, usado pra construção e reparo de pequenas embarcações.
Pouco tempo depois foi construída, nessa mesma praia, a residência oficial do chefe do Porto, o eng. Décio Fonseca.
Foi para esse local que, com ajuda de um batelão pertencente ao porto,
chegou transportado o avião Savoia-Marchetti S.64, avariado durante
aterrissagem na praia de Touros. Esse aparelho foi utilizados pelos
pilotos italianos, Arturo Ferrarin e Carlos del Prete, durante o Raid
aéreo entre a Itália e o Brasil.
Após esse desembarque, que
aconteceu em 13 de julho de 1928, o aparelho foi levado para um hangar
construído provisoriamente para realizar os reparos. Esse hangar,
localizado em terreno pertencente á Fiscalização do Porto, ficava na
praia da Montagem.
Passados cerca de 13 dias, as oficinas de Fiscalização do Porto concluíram o conserto da peças avariadas do avião.
Na foto ainda se vê o inicio da construção do cais acostável e, mais a direita, a cábrea flutuante pertencente ao porto.
Fotógrafo: Não informado(editado pela Agencia Pernambucana)
Ano: Por volta de 1928
Pesquisar este blog
domingo, 13 de novembro de 2016
Praça da Jangada - Praia de Areia Preta
Cartão postal com vista para a praça da Jangada, na praia de Areia Preta.
Essa praça, inaugurada juntamente com o calçamento da avenida, o trampolim e a balaustrada, fez parte do projeto de urbanização ocorrido na praia de Areia Preta. Foi entregue à população em 4 de janeiro de 1956.
Essas pedras, em frente a praça da Jangada, foi palco de um triste acidente ocorrido no fim da tarde do dia 9 de agosto de 1965.
Nesse desastre, ocorrido com um avião da FAB, perderam a vida dois jovens oficiais aviadores, bastante ligados à sociedade.
Um dos mortos era o Capitão Adolfo Peixoto de Melo, casado com Srª Ana Madalena, filha do Vice-cônsul da Espanha em Natal.
O outro era o Tenente Carlos Schmidt Filho.
Dos três tripulantes da aeronave, apenas o Sargento José Otacilio Santana conseguiu salvar-se.
Em treinamento de rotina comandado pelo capitão Peixoto, o avião de instrução da FAB, um B-26 e de referência 5151, de repente sofreu pane nos motores. O capitão procura então fazer uma aterrissagem forçada em Ponta Negra, mas, verificando a impossibilidade de descer nessa praia, segue em direção a praia do Meio. Infelizmente a aeronave só consegue chegar até Areia Preta, bem defronte a praça da Jangada.
Minutos antes de cair próximo a essa grande quantidade de pedras, a Base Aérea acompanhou pelo rádio os gritos do Capitão Peixoto e do Tenente Schmidt, que pediam desesperadamente socorro à torre de controle.
O capitão Peixoto e o tenente Schmidt, comandantes dessa aeronave, pertenciam ao 5º Grupamento de Aviação e tinham sido recentemente premiados com o troféu de segurança de voo pelo Governo dos Estados Unidos.
Exatamente às 15:55 da tarde o capitão Peixoto avisou pelo rádio que o avião estava em pane. Sem explicar qual era o problema, informou que ia tentar um pouso de emergência na beira da praia de Areia Preta.
Dois minutos depois foi o primeiro a avisar dramaticamente: "Estamos prestes a concluir nosso último voo. Impossível o pouso. Tudo leva a crer que chegamos ao fim".
No minuto final o avião bateu contra a água, voltou novamente e em seguida desapareceu.
O único sobrevivente, o sargento José Santana, operador de voo, ao sentir o desastre iminente, abriu a porta do avião e jogou-se ao mar. Pouco depois era recolhido por pescadores que se encontravam nas proximidades.
Antes de seguir para o Cemitério do Alecrim, os corpos dos dois oficiais, encontrados entre as pedras na manhã do dia 12, foram velados em meio a grande multidão na capela da Base Aérea de Natal. Um guarda de oficiais e sargentos foi formada no local, enquanto aviões sobrevoavam a capela.
Hoje, um dos espectadores sobreviventes daquela época, o único que poderia narrar com precisão todo o ocorrido naquele fim de tarde, é o há muitos anos solitário e já nonagenário coqueiro da extinta praça da Jangada.
Fotógrafo: Jaeci Galvão
Ano: Por volta de 1960
Essa praça, inaugurada juntamente com o calçamento da avenida, o trampolim e a balaustrada, fez parte do projeto de urbanização ocorrido na praia de Areia Preta. Foi entregue à população em 4 de janeiro de 1956.
Essas pedras, em frente a praça da Jangada, foi palco de um triste acidente ocorrido no fim da tarde do dia 9 de agosto de 1965.
Nesse desastre, ocorrido com um avião da FAB, perderam a vida dois jovens oficiais aviadores, bastante ligados à sociedade.
Um dos mortos era o Capitão Adolfo Peixoto de Melo, casado com Srª Ana Madalena, filha do Vice-cônsul da Espanha em Natal.
O outro era o Tenente Carlos Schmidt Filho.
Dos três tripulantes da aeronave, apenas o Sargento José Otacilio Santana conseguiu salvar-se.
Em treinamento de rotina comandado pelo capitão Peixoto, o avião de instrução da FAB, um B-26 e de referência 5151, de repente sofreu pane nos motores. O capitão procura então fazer uma aterrissagem forçada em Ponta Negra, mas, verificando a impossibilidade de descer nessa praia, segue em direção a praia do Meio. Infelizmente a aeronave só consegue chegar até Areia Preta, bem defronte a praça da Jangada.
Minutos antes de cair próximo a essa grande quantidade de pedras, a Base Aérea acompanhou pelo rádio os gritos do Capitão Peixoto e do Tenente Schmidt, que pediam desesperadamente socorro à torre de controle.
O capitão Peixoto e o tenente Schmidt, comandantes dessa aeronave, pertenciam ao 5º Grupamento de Aviação e tinham sido recentemente premiados com o troféu de segurança de voo pelo Governo dos Estados Unidos.
Exatamente às 15:55 da tarde o capitão Peixoto avisou pelo rádio que o avião estava em pane. Sem explicar qual era o problema, informou que ia tentar um pouso de emergência na beira da praia de Areia Preta.
Dois minutos depois foi o primeiro a avisar dramaticamente: "Estamos prestes a concluir nosso último voo. Impossível o pouso. Tudo leva a crer que chegamos ao fim".
No minuto final o avião bateu contra a água, voltou novamente e em seguida desapareceu.
O único sobrevivente, o sargento José Santana, operador de voo, ao sentir o desastre iminente, abriu a porta do avião e jogou-se ao mar. Pouco depois era recolhido por pescadores que se encontravam nas proximidades.
Antes de seguir para o Cemitério do Alecrim, os corpos dos dois oficiais, encontrados entre as pedras na manhã do dia 12, foram velados em meio a grande multidão na capela da Base Aérea de Natal. Um guarda de oficiais e sargentos foi formada no local, enquanto aviões sobrevoavam a capela.
Hoje, um dos espectadores sobreviventes daquela época, o único que poderia narrar com precisão todo o ocorrido naquele fim de tarde, é o há muitos anos solitário e já nonagenário coqueiro da extinta praça da Jangada.
Fotógrafo: Jaeci Galvão
Ano: Por volta de 1960
Edifício Fernando Costa
Cartão postal com vista para o edifício Fernando Costa.
Esse prédio, localizado na esplanada do Cais do Porto e levantado por ordem do governo federal, foi inaugurado em 13 de novembro de 1940.
Ele havia sido construído para servir de sede as repartições do Ministério da Agricultura com base em Natal.
A escolha pelo dia da inauguração foi uma homenagem ao 3º ano da gestão do titular da Pasta da Agricultura. O nome dado ao prédio se deu da homenagem ao então Ministro da Agricultura, o Sr. Fernando Costa.
A imprensa noticiou que a construção, localizada ao lado do prédio dos Correios e Telégrafos e em frente ao Cais do Porto, foi o primeiro no gênero construído no país.
O prédio servia ainda de estação meteorológica, pois tinha em sua parte superior equipamentos instalados para o serviço meteorológico. Até então o local onde eram recolhidos os dados para análise do tempo ficava a poucos metros desse edifício. Essa outra Estação era o Posto Meteorológico Pereira Reis, na esquina da rua Silva Jardim, em frente ao prédio da Alfândega.
No início da década de 40 era nesse local, em frente ao edifício Fernando Costa, o final do trajeto do bonde na linha para o Porto. Até por volta de 1938 o ponto de partidas e paradas dos "tramways" da Força e Luz era no final dessa avenida, em frente ao Armazém nº 02 do Cais do Porto
Fotógrafo: Grevy
Ano: Final dos anos 40
Esse prédio, localizado na esplanada do Cais do Porto e levantado por ordem do governo federal, foi inaugurado em 13 de novembro de 1940.
Ele havia sido construído para servir de sede as repartições do Ministério da Agricultura com base em Natal.
A escolha pelo dia da inauguração foi uma homenagem ao 3º ano da gestão do titular da Pasta da Agricultura. O nome dado ao prédio se deu da homenagem ao então Ministro da Agricultura, o Sr. Fernando Costa.
A imprensa noticiou que a construção, localizada ao lado do prédio dos Correios e Telégrafos e em frente ao Cais do Porto, foi o primeiro no gênero construído no país.
O prédio servia ainda de estação meteorológica, pois tinha em sua parte superior equipamentos instalados para o serviço meteorológico. Até então o local onde eram recolhidos os dados para análise do tempo ficava a poucos metros desse edifício. Essa outra Estação era o Posto Meteorológico Pereira Reis, na esquina da rua Silva Jardim, em frente ao prédio da Alfândega.
No início da década de 40 era nesse local, em frente ao edifício Fernando Costa, o final do trajeto do bonde na linha para o Porto. Até por volta de 1938 o ponto de partidas e paradas dos "tramways" da Força e Luz era no final dessa avenida, em frente ao Armazém nº 02 do Cais do Porto
Fotógrafo: Grevy
Ano: Final dos anos 40
Avenida Junqueira Ayres e edifício LEX
Cartão postal com vista de parte da então avenida Junqueira Ayres, atual Câmara Cascudo.
No centro da foto aparece o edifício LEX, então sede do Congresso do Estado.
Esse prédio, inaugurado no governo de Augusto Tavares de Lyra, foi mais uma obra do arquiteto mineiro Herculano Ramos.
Teve inauguração em 7 de julho de 1906.
Fotógrafo: João de Miranda Galvão
Ano: Por volta de 1920
No centro da foto aparece o edifício LEX, então sede do Congresso do Estado.
Esse prédio, inaugurado no governo de Augusto Tavares de Lyra, foi mais uma obra do arquiteto mineiro Herculano Ramos.
Teve inauguração em 7 de julho de 1906.
Fotógrafo: João de Miranda Galvão
Ano: Por volta de 1920
Praça Leão XIII e cruzamento das Avenidas Sachet e Tavares de Lyra
Cartão
postal com vista para a recém inaugurada praça Leão XIII e o cruzamento
das Avenidas Sachet e Tavares de Lyra em por volta de 1919.
Foi com a Resolução Municipal nº 74, de 05 de dezembro de 1902, que o largo(apenas um descampado) em frente à igreja do Bom Jesus passou a ser chamado de praça Leão XIII.
Ficou sendo assim por quase 20 anos.
Há exatamente 97 anos, em 12 de outubro de 1919, o major Fortunato Aranha, presidente da Intendência, inaugurava finalmente uma pracinha no local.
Com belos canteiros floridos, passeios, bancos e um coreto de alvenaria, ficou assim, como vemos nesse postal, a nova praça Leão XIII.
Fotógrafo: Não informado
Ano: 1919
Foi com a Resolução Municipal nº 74, de 05 de dezembro de 1902, que o largo(apenas um descampado) em frente à igreja do Bom Jesus passou a ser chamado de praça Leão XIII.
Ficou sendo assim por quase 20 anos.
Há exatamente 97 anos, em 12 de outubro de 1919, o major Fortunato Aranha, presidente da Intendência, inaugurava finalmente uma pracinha no local.
Com belos canteiros floridos, passeios, bancos e um coreto de alvenaria, ficou assim, como vemos nesse postal, a nova praça Leão XIII.
Fotógrafo: Não informado
Ano: 1919
Rua Ulisses Caldas e Palácio Felipe Camarão
Cartão postal com vista de parte da rua Ulisses Caldas e do recém inaugurado Palácio Felipe Camarão.
Em 1910 o fotógrafo João Galvão instalou em Mossoró seu estúdio fotográfico de nome "Photo Chic".
Quatro anos depois ele transfere residência para Natal e, na capital, continua sua arte com o mesmo título de seu antigo atelier.
Por volta de 1920 João Galvão, fazendo várias "vistas" da cidade, monta assim sua primeira série de fotografias de Natal editadas para cartão postal.
Essa aqui é uma delas.
Fotógrafo: João de Miranda Galvão
Ano: Por volta de 1922
Assinar:
Postagens (Atom)