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domingo, 21 de outubro de 2018

Carlos Noronha


Carlos Henrique Moura Mavignier de Noronha nasceu em Natal (RN) em 13 de abril de 1964. Filho de Vitoldo Magalhães Mavignier de Noronha e Marlene Moura Mavignier de Noronha. Concluiu o curso de Ciências Sociais, habilitação em Sociologia, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte em 1986. Servidor público municipal desde 01 de junho de 1984 sendo lotado na Secretaria Municipal de Saúde em 1992. Nesse mesmo ano, participou do Ciclo de Política e Estratégia organizada pela delegacia da ADESG/RN.

Eleito em 16 de março de 1999, tornou-se Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte em 30 de novembro daquele ano. Ainda em 1999, foi debatedor no VI Encontro Estadual de Geografia na cidade de Caicó. É, também, fluente nos seguintes idiomas: Inglês, Espanhol e Italiano. No ano de 2011, foi selecionado como Perito Judicial Tradutor do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte para os idiomas espanhol e italiano.

LIVROS PUBLICADOS 

1.
 NORONHA, C. H. M. M. . Rio Grande do Norte Cultura e Lugar. 1. ed. São Paulo: do Brasil, 2012. v. 1. 144p .
2.
 NORONHA, C. H. M. M. . Rio Grande do Norte Cultura e Cotidiano. 1. ed. São Paulo: do Brasil, 2012. v. 1. 168p .
3.
  NORONHA, C. H. M. M. . RIO GRANDE DO NORTE, MEU ESTADO. 1. ed. SÃO PAULO, SP: EDITORA DO BRASIL, 1999. v. 1. 158p .
4.
  NORONHA, C. H. M. M. . O ESPAÇO MUNDIAL, VOLUME 1. 1. ed. SÃO PAULO, SP: EDITORA DO BRASIL, 1997. v. 1. 224p .
5.
  NORONHA, C. H. M. M. . O ESPAÇO MUNDIAL, VOLUME 2. 1. ed. SÃO PAULO, SP: EDITORA DO BRASIL, 1997. v. 1. 184p .
6.
  NORONHA, C. H. M. M. . A GEOGRAFIA DO BRAISL, VOLUME 2. 1. ed. SÃO PAULO, SP: EDITORA DO BRASIL, 1997. v. 1. 172p .
7.
  NORONHA, C. H. M. M. . A GEOGRAFIA DO BRASIL, VOLUME 1. 1. ed. SÃO PAULO, SP: EDITORA DO BRASIL, 1997. v. 1. 160p .

Outras Produções bibliográficas

1.
NORONHA, C. H. M. M. . RIO GRANDE DO NORTE, TEMPO & ESPAÇO. NATAL, RN: NATAL EDITORA, 2005 (LIVRO).
2.
NORONHA, C. H. M. M. . CINCO SÉCULOS DO RIO GRANDE DO NORTE. JOÁO PESSOA, PB: UNIPE, 2001 (LIVRO).
3.
NORONHA, C. H. M. M. . Rio Grande do Norte Cultura e Lugar. 1. ed. São Paulo: do Brasil, 2012. v. 1. 144p (LIVRO).
4.
NORONHA, C. H. M. M. . Rio Grande do Norte Cultura e Cotidiano. 1. ed. São Paulo: do Brasil, 2012. v. 1. 168p  (LIVRO).

Demais tipos de produção técnica

1.
NORONHA, C. H. M. M. . III ENCONTRO REGIONAL DE INSTITUTOS HISTÓRICOS. 2001. (Curso de curta duração ministrado/Outra).

2.
NORONHA, C. H. M. M. . Debatedor no VI Encontro Estadual de Geografia, Caicó, Rio Grande do Norte.. 1999. (Curso de curta duração ministrado/Outra).

Eleição Municipal de 1988 em Natal

Eleições municipais para prefeito da capital potiguar, realizadas em 15 de novembro de 1988

CANDIDATOS: 

Coligação: "Oposição Unida" - PDT/PFL/PDS/PCB/PSD/
Prefeita: Wilma Maria de Faria Maia, pelo Partido Democrático Trabalhista(PDT)¹
Vice: Ney Lopes  de Souza, pelo Partido da Frente Liberal(PFL)
Resultado:  93.728 votos, eleitos(1º lugar)

Coligação: "Campanha Popular de Natal" - PMDB/PTR/PDC
Prefeito: Henrique Eduardo Lyra Alves, pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro(PMDB)²
Vice: José Bezerra Marinho(PMDB)
Resultado:  86.808 votos(2º lugar) 

Coligação: "Frente Popular de Natal" - PSB/PT/PH/PC do B 
Prefeito: Waldson José Bastos Pinheiro, pelo Partido Socialista  Brasileiro(PSB)³
Vice: Hugo Manso Júnior, pelo Partido dos Trabalhadores(PT)
Resultado:  13.493 votos(3º lugar)

Coligação: "Aliança Liberal Trabalhista" - PL/PTB/PTN
Prefeito: Marcos César Formiga Ramos, pelo Partido Liberal(PL)4
Vice: Felinto Rodrigues Neto, pelo Partido Trabalhista Brasileiro - (PTB)
Resultado: 5.748 votos(4º lugar)

Fontes: Jornal "Diário de Natal", "O Poti".
Dados do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte - TRE/RN

1. Na época do pleito, a ex-primeira-dama do Rio Grande do Norte e então deputada federal constituinte, ainda era casada com o ex-governador Lavoisier Maia Sobrinho, por isso utilizou seu nome como "Vilma Maia". Com a vitória no pleito de 88, a professora Vilma consagrou seu pioneirismo, tornando-se a primeira mulher prefeita de Natal.

Antes disso, Vilma já havia disputado o Palácio Felipe Camarão(sede do poder executivo natalense), no pleito eleitoral de novembro de 1985,  na época pelo PDS, oportunidade em que perdeu a eleição para o deputado estadual Garibaldi Alves Filho, do PMDB.

2. O candidato Henrique Alves, então deputado federal do Rio Grande do Norte,  recebia apoio do então prefeito Garibaldi Alves Filho, do vice-prefeito Roberto Furtado, governador Geraldo Melo, o ex-governador Aluizio Alves, entre outras figuras políticas do PMDB potiguar.

3. Waldson Pinheiro era professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte(UFRN). Ele candidatou-se ao cargo de prefeito da capital potiguar, pela primeira vez, nas eleições municipais de 1985,  disputando contra os candidatos Garibaldi Filho, Wilma Maia e Miriam de Sousa.

4. O economista Marcos Formiga, foi nomeado  como o último prefeito biônico de Natal, pelo governador José Agripino Maia, cargo que ocupou de 1983 a 1985.

*Francisco Veríssimo - Blog Fatos de Natal - Portal Fatos do RN

domingo, 22 de julho de 2018

BLOG FATOS DE NATAL - PORTAL FATOS DO RN

Seja bem vindos ao nosso blog, espaço destinado ao resgate da história e memória do povo natalense. Esperamos contar com a sua colaboração. Abraço a todos

Atenciosamente: Francisco Verissimo de Sousa Neto, criador-administrador do Fatos de Natal, integrado ao Portal Fatos do RN - portalfatosdorn.blogspot.com

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Vice-prefeitos de Natal

Vice-prefeitos de Natal, capital do Rio Grande do Norte

O Vice-Prefeito é o sucessor do Prefeito em casos de vaga do cargo e o substituto em casos de licença ou impedimento. 

A eleição do Vice-Prefeito  se dá com a do Prefeito de forma vinculada,  através de voto direto, de quatro em quatro anos, (Constituição Federal Art. 29, I e II).

1- LUIZ GONZAGA DOS SANTOS - 1º vice-prefeito constitucional de Natal, eleito pelo voto direto na chapa encabeçada por Djalma Maranhão, na primeira campanha popular do município, realizada em 03 de outubro de 1960. Ao tomar posse, passou a acumular o cargo de Presidente da Câmara Municipal, conforme previa a legislação da época.
Mandato: novembro de  1960 a  abril de 1964.

OBS: Não concluiu seu mandato constitucional, após ser cassado pelo golpe militar de 1964,  juntamente com o prefeito Djalma Maranhão, fato ocorrido no dia 3 de abril daquele ano. 

2 - RAIMUNDO ELPÍDIO DA SILVA - vice-prefeito eleito pela Câmara Municipal de Natal em pleito indireto realizado em  abril de 1964, na chapa encabeçada pelo Almirante Tertius César Pires de Lima Rabelo.  Ao tomar posse, acumulou a função de Presidente da Câmara Municipal.  
Mandato:  6 abril de 1964 a 31 de janeiro de  1966.

3 - ERNANI ALVES DA SILVEIRA - vice-prefeito eleito pelo voto direto nas eleições de 1965, na chapa encabeçada por Agnelo Alves. Empossado no cargo em janeiro de 1966, acumulou a função de Presidente da Câmara Municipal. 
Mandato:  31 de janeiro de 1966 a maio de  1969

OBS: Assumiu o comando da Prefeitura no ano de 1969, após a cassação do mandato do prefeito Agnelo Alves pela ditadura militar.

4 - ROBERTO BRANDÃO FURTADO - vice-prefeito eleito nas eleições municipais de 15 de novembro de 1985, pós-ditadura militar, na chapa encabeçada por Garibaldi Alves Filho 
Mandato: 1º de janeiro de 1986 a  31 de dezembro de 1988. 

5 - NEY LOPES DE SOUZA - vice-prefeito eleito nas eleições municipais de 15 de novembro de 1988,  na chapa encabeçada por Wilma Maria de Faria Maia. 
Mandato: 1 de janeiro de 1989 a 1990.

OBS: Renunciou ao mandato após eleger-se deputado federal do Rio Grande do Norte. 

6 - EVELINE ALMEIDA DE SOUZA MACEDO(EVELINE GUERRA) - primeira mulher eleita vice-prefeita de Natal,   nas eleições municipais de outubro de 1992, na chapa encabeçada por Aldo Tinoco Filho. 
Mandato: 1º de janeiro de 1993 a 31 de dezembro de 1996.

7 - MARCÍLIO MONTE DE OLIVEIRA CARRILHO - eleito vice-prefeito no pleito de outubro de 1996, na chapa encabeçada por Wilma Maria de Faria. 
Mandato: 1º de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2000.

8 - CARLOS EDUARDO NUNES ALVES - vice-prefeito eleito em outubro de 2000, na chapa encabeçada pela prefeita Wilma de Faria. 
Mandato: 1º de janeiro de 2001 a 5 de abril de 2002.

OBS: Assumiu definitivamente  o comando da prefeitura,  após a renúncia da prefeita Wilma para candidatar-se ao Governo do Estado, nas eleições de outubro daquele ano. 

9 - MICARLA ARAÚJO DE SOUSA - vice-prefeita eleita nas eleições de outubro de 2004, na chapa encabeçada pelo prefeito Carlos Eduardo Alves. 
Mandato: 1º de janeiro de 2005 a 2006.

OBS: Renunciou ao mandato após ser eleita deputada estadual do Rio Grande do Norte nas eleições de outubro de 2006. 

10 - PAULO EDUARDO DA COSTA FREIRE(PAULINHO FREIRE) - vice-prefeito eleito no pleito de outubro de 2008, na chapa encabeçada por Micarla de Sousa. 
Mandato: 1º de janeiro de 2009 a outubro de 2012.

OBS: Assumiu o comando da Prefeitura, após o afastamento da prefeitura Micarla de Sousa, através de  decisão judicial.

11 - WILMA MARIA DE FARIA - vice-prefeita eleita no pleito de outubro de 2012, na chapa encabeçada por Carlos Eduardo Nunes Alves. 
Mandato: 1º de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2016. 


12 - ÁLVARO COSTA DIAS - vice-prefeito eleito em outubro de 2016, na chapa encabeçada pelo prefeito Carlos Eduardo Alves. 
Mandato: 1º de janeiro de 2017  a 6 de abril de 2018.

OBS: Com a renúncia de Carlos Eduardo Alves para disputar o Governo do Estado nas eleições de outubro de 2018, Álvaro Dias assumiu a titularidade do cargo cujo mandato encerra-se em 2020.


FONTES DE PESQUISA: Site da Prefetiura Municipal do Natal 
Livro "Câmara Municipal de Natal - 400 Anos"


Francisco Verissimo
Blog Fatos de Natal

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

O Forte dos Reis Magos

O FORTE DOS REIS MAGOS, UM MONUMENTO PROFUNDAMENTE LIGADO A DIVERSOS FATOS IMPORTANTES DA HISTÓRIA BRASILEIRA:

Forte dos Reis Magos, em Natal/RN

Edificada em Natal, na barra do Rio Potengi em fins do século XVI e início do XVII, a Fortaleza da Barra do Rio Grande – conhecida popularmente como Forte dos Reis Magos – foi palco de acontecimentos históricos que transcenderam largamente sua função militar originária.

Sua gênese remonta ao ano de 1598, quando Portugal fazia parte do reino da Espanha – pelo acordo da União Ibérica (1580-1640) – e encontrava-se sob o reinado de Filipe II. A colônia Brasil, já descoberta há quase um século, via nascerem seus primeiros aparelhos produtivos – os engenhos –, sendo explorada por escambos ou ciclos extrativistas, muito mais ocasionais do que planejados. A precariedade das instalações e os recorrentes conflitos com tribos indígenas e “invasores” marcavam o período. O contexto das grandes navegações, no entanto, exigia cautela: novas nações – como França, Holanda e Inglaterra – passavam a impor-se na partilha dos “novos mundos” conquistados.

A melhor defesa, assim, era, sem dúvida, a ocupação efetiva. O Tratado de Tordesilhas, em si, não garantia proteção alguma; formas defensivas concretas deveriam ser buscadas para que a colônia incorporasse territórios adjacentes e os defendesse, e para que os fidalgos portugueses tivessem respaldo em suas buscas por oportunidades brasileiras, que agora expandiam-se para além da Paraíba, rumo ao norte, onde a presença de índios e franceses constituíam obstáculo.

É nesse contexto que Filipe II da Espanha ordena ao capitão-mor de Pernambuco, Manoel Mascarenhas Homem, que organize uma expedição para anexar a região que hoje compõe o Rio Grande do Norte. Para garantir a integridade do território – ameaçado por índios e franceses –, foram-lhe oferecidos os recursos que necessitasse, sob responsabilidade do Governador Dom Francisco de Sousa.

A organização da empreitada teve início na Bahia, ponto de encontro de Mascarenhas Homem com seus escolhidos: chefes índios e seus guerreiros, missionários jesuítas e franciscanos e muitos escravos. Dividiu-se a expedição em duas partes: uma por mar, comandada por Mascarenhas Homem, e outra terrestre, tendo Feliciano Coelho de Carvalho, capitão-mor da Paraíba, à testa. Esta última, fustigada por um terrível surto de varíola, foi obrigada a retornar à Paraíba; a primeira, Mascarenhas à frente, desembarcou na embocadura do Rio Grande em 25/12/1597.

Dentre os primeiros trabalhos de ocupação, em poucos dias sofreram ataque de franceses e indígenas (segundo consta relato do Padre Pero Rodrigues). O ataque, contudo, não impediu a continuidade do projeto, iniciado em 06/01/1598 (dia de Reis) e o esforço não foi pequeno: inúmeras pessoas trabalharam incessantemente na edificação, em condições precárias e duras, tendo por paga às vezes apenas alimentação, como no caso de alguns índios.

No contexto das invasões holandesas no século XVII, a fortaleza chegou a ser ocupada de 12/12/1633 a fevereiro de 1654, com o nome Castelo Ceulen (Kasteel Keulen).O capitão Joris Garstman foi o primeiro holandês a comandá-la e o Conde Maurício de Nassau (1604-1679) mandou fazer reparos na construção (1638).
A partir da segunda metade do Século XVIII a Fortaleza dos Reis Magos limitou-se a servir de cadeia, sendo as outras funções distribuídas a outros órgãos.

Dali em diante, entrou em estado de alerta em poucas ocasiões: com a transferência da Corte, sob o Bloqueio Continental imposto pela França, poderia ser necessário defender-se de invasões; durante a Revolução de 1817 – quando a luta republicana triunfa e separa a capitania da Paraíba –, a Fortaleza abrigou importantes presos políticos; na Guerra do Paraguai, saudou com 21 tiros o retorno dos “Voluntários da Pátria”.

Mas ao longo das décadas ia-se desfigurando, contudo, seu caráter inicial; em 1907, foi desclassificada definitivamente como estabelecimento militar, entretanto durante a Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918) o forte esteve guarnecido por uma Bateria Independente de Artilharia de Costa.

Em 1950 a construção foi tombada pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Convertida em museu, Reis Magos cumpre seu destino de monumento histórico, não obstante graves erros cometidos, como a extinção da capela que forneceu apoio – e a caracterizou – durante décadas. Entre as últimas reformas, construiu-se um passadouro de acesso (com participação do arquiteto Lúcio Costa, colaborador da construção de Brasília), para que as próximas gerações sigam conhecendo e admirando esta formidável testemunha da nossa história.

Todavia a fortaleza atualmente encontra-se em estado de abandono, nele observando-se infiltrações generalizadas, partes do revestimento de reboco se soltando, ausência de repintura periódica, necessidade de revisão e conservação das instalações elétricas, de mobiliário e mesmo do acervo exposto.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Carlos Eduardo Alves empossado para 4º mandato de prefeito de Natal

Resultado de imagem para Carlos Eduardo Alves empossado  para 4º mandato de prefeito de Natal

O prefeito reeleito de Natal, Carlos Eduardo, e o vice-prefeito Álvaro Dias tomaram posse oficialmente na noite deste domingo (01) e agora estão à frente dos destinos da capital potiguar pelos próximos quatro anos. A cerimônia aconteceu no Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves (Cemure) e foi comandada pelo presidente da Câmara de Vereadores, Raniere Barbosa.

Em seu discurso, Carlos Eduardo falou sobre os desafios que terá neste seu quarto mandato como chefe do Poder Executivo municipal. Ele lembrou que o cenário não é dos mais animadores para os gestores, destacando que o país atravessa uma crise classificada por ele como dilacerante.

Mesmo com essa declinação financeira que atinge de uma maneira mais forte os municípios, o prefeito recordou que vem tomando medidas para equilibrar as contas da Prefeitura: “Enfrento a crise econômica desde meados de 2015 com um pequeno e declinante orçamento municipal. Por isso, muitas vezes, não posso honrar no dia marcado os compromissos, mas jamais admiti negá-los. Não piso na linha da dignidade para parecer poderoso. Não demiti ninguém. Não vendi pedaços do patrimônio municipal posto sob a guarda do Poder Executivo a mim confiado. Não alienei o território da cidade, seu chão e seus direitos”, declarou.

O prefeito também destacou os avanços conquistados em seu último mandato. Ele elencou os diversas obras e serviços que ajudaram a melhorar a qualidade de vida do natalense. “Instalamos o hospital municipal Newton Azevedo, a primeira unidade hospitalar municipal de Natal; reabrimos a Maternidade Leide Morais; inauguramos duas UPAS, restauramos e ampliamos 32 unidades de saúde. Reabrimos o Centro de Educação Aluizio Alves, construímos 16 escolas de qualidade, recuperamos a orla, o Palácio dos Esportes, o Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte, o Viaduto e o Canal do Baldo, construção do Portal do Sol, em Areia Preta, além do Residencial São Pedro. Também cumprimos os compromissos da cidade com a Copa do Mundo, construindo no tempo exigido o Complexo Viário Dom Eugênio Sales, o maior conjunto de obras do sistema viário urbano de Natal”.

Carlos Eduardo também se dirigiu com respeito aos vereadores de Natal, destacando que estará sempre disponível para o diálogo para discutir os projetos em beneficio de Natal e dos seus cidadãos: “Renovo o meu compromisso do diálogo permanente e renovo a confiança no Poder Legislativo, a minha primeira grande escola política depois da educação nascida naturalmente dos exemplos familiares. Sei que também é com a cidade e com seu futuro o compromisso maior desta Casa de Miguelinho”.

Por fim, deixou uma mensagem de otimismo e a garantia de muito trabalho para que a capital potiguar siga avançando. “Estamos igualmente mergulhados na crise, mas ela não vencerá as nossas esperanças. Lutaremos juntos na defesa da nossa Natal. Perto do povo, ouvindo sua voz. Os nossos avanços só atestam a nossa capacidade de luta. Vamos avançar”, pontuou.

Logo após a posse legislativa, o prefeito Carlos Eduardo e o vice-prefeito Álvaro Dias seguiram para o Palácio Felipe Camarão, sede do Poder Executivo municipal, para a cerimônia de assunção ao cargo, que foi conduzida pela secretária municipal de Administração, Jandira Borges.

Fonte: Portal NoAr

sábado, 31 de dezembro de 2016

Ponte rústica do jardim da praça Augusto Severo


Cartão postal com vista de parte do jardim da praça Augusto Severo em por volta de 1915.

Na imagem aparece a única ponte que, conhecida como rústica, existia no interior do grande jardim. 
Essa ponte, e ainda outra construída em alvenaria, eram as únicas que existiam sobre canal que circundava em um dos lados da praça.
Com exceção da ponte de alvenaria, tudo aqui foi destruído em fins de 1937. Nesse ano a praça passou por uma reforma que a fez reduzir seu tamanho pela metade.
A nova praça Augusto Severo foi reinaugurada em 12 de maio de 1938.

Fotógrafo: Não informado
Ano: Cerca de 1915

Quintas - Natal


Nesse cartão postal aparece um trecho, aqui irreconhecível, do subúrbio conhecido por Quintas.

Quintas? Certo, mas, onde?

Desde o início do século 18 que essa região é citada com esse nome.
Seu primeiro dono, Pedro da Novoa. Assim era mais conhecido o capitão Pedro Gonçalves da Nova.
Ficou tão conhecido na região que o antigo riacho das Quintas ficou sendo chamado de rio de Pedro da Novoa.
Segundo Câmara Cascudo, "em  20 de março de 1784, Mônica da Nova, donzela de idade crescida, filha do capitão Pedro da Nova ou Novoa, requereu a data de Quinta Velha, com o respectivo foro, para melhor conservação e posse. O que lhe foi deferido.
O riozinho, rio de Pedro da Novoa no século 18, rio das Quintas no século 19 e 20, era no século 17 o Cuemassu ou Coemassu".

Assim foi as Quintas.
Na época dessa foto era ainda um pequeno e disperso bairro. Se encontrava em um caminho, aberto ainda pelo velho Amaro Barreto há muitos anos, que seguia para o sertão. Ficava à beira da estrada que leva ao Seridó e ao Oeste, por Macaíba. 

Fotógrafo: Jorge Mário
Ano: Fim dos anos 40.

Praia de Areia Preta - Trampolim da "morte"

Em uma das praias de Natal mais fotografadas entre as décadas de 30 e 60, o fotógrafo Luiz Grevy fotografou o trecho que mostra o Trampolim no momento de mais um salto entre as pedras.

Essa obra fazia parte da urbanização ocorrida nas praias do Meio e Areia Preta, isso quando Sylvio Pedrosa fora chefe do executivo municipal e estadual entre os anos de 1946 a 1956. Essa foi uma construção criticada por muitos por ter sido construída, segundo alguns, em local inapropriado, pois ficava em local onde havia grandes quantidades de pedras. Sendo assim, desaconselhável para a prática desse esporte.
Durante anos vários acidentes ocorreram ali.
Entre os fatais, um dos mais comentados foi o que tirou a vida do jovem militar e 1º Ten aviador, Antonio Carlos Magalhães Alves, de apenas 24 anos.
Ele, casado em março do ano anterior e chegado a cidade há poucos meses, fazia parte do 2º esquadrão do 5º grupo de aviação da Base Aérea de Natal.
Foi em uma manhã de domingo do dia 04 de maio de 1956, a exemplo de muitos jovens naquele época, que o ten Antonio executava saltos nesse trampolim. Foi quando, fazendo essas exibições, bateu com a cabeça em uma das pedras e levando-o a óbito ainda no local.
No mesmo dia o corpo foi levado para o Rio de Janeiro onde foi sepultado, as 16:00h, no cemitério São João Batista. O jovem Antonio deixou esposa e filho recém nascido.
Houve quem dissesse que o trampolim de Areia Preta fosse o salto para a morte. Ou, em uma alusão ao famoso salto na cidade mexicana de Acapulco, fosse o nosso "La Quebrada" potiguar.

Fotógrafo: Luiz Grevy
Ano: Meados dos anos 50

Rua Sen. José Bonifácio - "antiga rua das Virgens"

Cartão postal com vista da rua Sen. José Bonifácio, antiga das Virgens(atual rua Câmara Cascudo) em 1907.

Nessa imagem já é possível ver que a iluminação a gás acetileno já havia sido instalado aqui. Apesar desse tipo de iluminação ter sido inaugurado dois anos antes, o primeiro trecho iluminado não incluía essa rua.
O aumento dos pontos de iluminação em Natal foi intensificado somente a partir de julho de 1907.
Todo o material necessário, chegado importado da Alemanha, foi encomendado pelo Governo que incumbiu a firma Valle Miranda & Domingos Barros a instalação de canos e postes em vários pontos da Cidade Alta e Ribeira. Na ampliação desse sistema a rua Sen. José Bonifácio foi uma das que receberam a nova iluminação.

No centro da foto aparece ainda o belo coreto da praça Augusto Severo, inaugurado em março de 1905.

Nessa rua, em uma casinha de duas janelas e uma porta nasceu, em 30 de dezembro de 1898, o escritor Câmara Cascudo.

Fotógrafo: Não informado
Ano: Cerca de 1907.

domingo, 13 de novembro de 2016

Praia da Montagem

                 Cartão postal com vista para a praia da Montagem em por volta de 1928.

O que era conhecido por praia da Montagem era um pedaço de areia entre o setor conhecido por Rampa e o Canto do Mangue.
Na Montagem, local também conhecido por "canteiro de obras do porto", foi onde se instalou, no final da década de 1920, as oficinas de Fiscalização do Porto.

Era ai, nessas oficinas, que eram construidas, entre outras embarcações, um tipo muito utilizadas nas proximidades dos portos marítimos. Eram essas utilizadas para transporte de cargas não muito grandes e em águas rasas. Segundo Cascudo, foi a montagem dessas grandes alvarengas de ferro que deram o nome ao local. O lugar ficou então sendo um espécie de estaleiro, usado pra construção e reparo de pequenas embarcações.
Pouco tempo depois foi construída, nessa mesma praia, a residência oficial do chefe do Porto, o eng. Décio Fonseca.

Foi para esse local que, com ajuda de um batelão pertencente ao porto, chegou transportado o avião Savoia-Marchetti S.64, avariado durante aterrissagem na praia de Touros. Esse aparelho foi utilizados pelos pilotos italianos, Arturo Ferrarin e Carlos del Prete, durante o Raid aéreo entre a Itália e o Brasil.
Após esse desembarque, que aconteceu em 13 de julho de 1928, o aparelho foi levado para um hangar construído provisoriamente para realizar os reparos. Esse hangar, localizado em terreno pertencente á Fiscalização do Porto, ficava na praia da Montagem.
Passados cerca de 13 dias, as oficinas de Fiscalização do Porto concluíram o conserto da peças avariadas do avião.

Na foto ainda se vê o inicio da construção do cais acostável e, mais a direita, a cábrea flutuante pertencente ao porto.

Fotógrafo: Não informado(editado pela Agencia Pernambucana)
Ano: Por volta de 1928

Praça da Jangada - Praia de Areia Preta

               Cartão postal com vista para a praça da Jangada, na praia de Areia Preta.

Essa praça, inaugurada juntamente com o calçamento da avenida, o trampolim e a balaustrada, fez parte do projeto de urbanização ocorrido na praia de Areia Preta. Foi entregue à população em 4 de janeiro de 1956.

Essas pedras, em frente a praça da Jangada, foi palco de um triste acidente ocorrido no fim da tarde do dia 9 de agosto de 1965.
Nesse desastre, ocorrido com um avião da FAB, perderam a vida dois jovens oficiais aviadores, bastante ligados à sociedade.
Um dos mortos era o Capitão Adolfo Peixoto de Melo, casado com Srª Ana Madalena, filha do Vice-cônsul da Espanha em Natal.
O outro era o Tenente Carlos Schmidt Filho.
Dos três tripulantes da aeronave, apenas o Sargento José Otacilio Santana conseguiu salvar-se.

Em treinamento de rotina comandado pelo capitão Peixoto, o avião de instrução da FAB, um B-26 e de referência 5151, de repente sofreu pane nos motores. O capitão procura então fazer uma aterrissagem forçada em Ponta Negra, mas, verificando a impossibilidade de descer nessa praia, segue em direção a praia do Meio. Infelizmente a aeronave só consegue chegar até Areia Preta, bem defronte a praça da Jangada.
Minutos antes de cair próximo a essa grande quantidade de pedras, a Base Aérea acompanhou pelo rádio os gritos do Capitão Peixoto e do Tenente Schmidt, que pediam desesperadamente socorro à torre de controle.
O capitão Peixoto e o tenente Schmidt, comandantes dessa aeronave, pertenciam ao 5º Grupamento de Aviação e tinham sido recentemente premiados com o troféu de segurança de voo pelo Governo dos Estados Unidos.

Exatamente às 15:55 da tarde o capitão Peixoto avisou pelo rádio que o avião estava em pane. Sem explicar qual era o problema, informou que ia tentar um pouso de emergência na beira da praia de Areia Preta.
Dois minutos depois foi o primeiro a avisar dramaticamente: "Estamos prestes a concluir nosso último voo. Impossível o pouso. Tudo leva a crer que chegamos ao fim".
No minuto final o avião bateu contra a água, voltou novamente e em seguida desapareceu.
O único sobrevivente, o sargento José Santana, operador de voo, ao sentir o desastre iminente, abriu a porta do avião e jogou-se ao mar. Pouco depois era recolhido por pescadores que se encontravam nas proximidades.

Antes de seguir para o Cemitério do Alecrim, os corpos dos dois oficiais, encontrados entre as pedras na manhã do dia 12, foram velados em meio a grande multidão na capela da Base Aérea de Natal. Um guarda de oficiais e sargentos foi formada no local, enquanto aviões sobrevoavam a capela.

Hoje, um dos espectadores sobreviventes daquela época, o único que poderia narrar com precisão todo o ocorrido naquele fim de tarde, é o há muitos anos solitário e já nonagenário coqueiro da extinta praça da Jangada.

Fotógrafo: Jaeci Galvão
Ano: Por volta de 1960

Edifício Fernando Costa

                            Cartão postal com vista para o edifício Fernando Costa.

Esse prédio, localizado na esplanada do Cais do Porto e levantado por ordem do governo federal, foi inaugurado em 13 de novembro de 1940.
Ele havia sido construído para servir de sede as repartições do Ministério da Agricultura com base em Natal.
A escolha pelo dia da inauguração foi uma homenagem ao 3º ano da gestão do titular da Pasta da Agricultura. O nome dado ao prédio se deu da homenagem ao então Ministro da Agricultura, o Sr. Fernando Costa.
A imprensa noticiou que a construção, localizada ao lado do prédio dos Correios e Telégrafos e em frente ao Cais do Porto, foi o primeiro no gênero construído no país.
O prédio servia ainda de estação meteorológica, pois tinha em sua parte superior equipamentos instalados para o serviço meteorológico. Até então o local onde eram recolhidos os dados para análise do tempo ficava a poucos metros desse edifício. Essa outra Estação era o Posto Meteorológico Pereira Reis, na esquina da rua Silva Jardim, em frente ao prédio da Alfândega.

No início da década de 40 era nesse local, em frente ao edifício Fernando Costa, o final do trajeto do bonde na linha para o Porto. Até por volta de 1938 o ponto de partidas e paradas dos "tramways" da Força e Luz era no final dessa avenida, em frente ao Armazém nº 02 do Cais do Porto

Fotógrafo: Grevy
Ano: Final dos anos 40

Avenida Junqueira Ayres e edifício LEX

Cartão postal com vista de parte da então avenida Junqueira Ayres, atual Câmara Cascudo.
No centro da foto aparece o edifício LEX, então sede do Congresso do Estado.

Esse prédio, inaugurado no governo de Augusto Tavares de Lyra, foi mais uma obra do arquiteto mineiro Herculano Ramos.
Teve inauguração em 7 de julho de 1906.

Fotógrafo: João de Miranda Galvão
Ano: Por volta de 1920

Praça Leão XIII e cruzamento das Avenidas Sachet e Tavares de Lyra

Cartão postal com vista para a recém inaugurada praça Leão XIII e o cruzamento das Avenidas Sachet e Tavares de Lyra em por volta de 1919.

Foi com a Resolução Municipal nº 74, de 05 de dezembro de 1902, que o largo(apenas um descampado) em frente à igreja do Bom Jesus passou a ser chamado de praça Leão XIII.
Ficou sendo assim por quase 20 anos.
Há exatamente 97 anos, em 12 de outubro de 1919, o major Fortunato Aranha, presidente da Intendência, inaugurava finalmente uma pracinha no local.
Com belos canteiros floridos, passeios, bancos e um coreto de alvenaria, ficou assim, como vemos nesse postal, a nova praça Leão XIII.

Fotógrafo: Não informado
Ano: 1919